quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Chocolate ama(do)rgo

Hoje me dei conta de que estou com medo de ser adulta, sem o colo e a frente da minha mãe, num mundo onde agora são minhas escolhas que dirão pra onde eu vou. Tenho medo e fraqueza, minhas fantasias precisam dar um pouco de espaço para o carro entrar na avenida e fazer bonito. A coragem se enconde por debaixo desses caracóis e de onde devo resgatá-la, pois minha vida tem se tornado vã e amarga. A vida do que digo ser eu. Minhas escolhas estão paradas no tempo, no imaginário do ideal. Chega uma hora que a boneca entra na gaveta e as contas, à mesa.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Primeiro dia .o/

Enfim, nosso lar!
Parece que esse momento não chegaria nunca, mas depois de uma longa espera superamos umas centenas de escadas! Agora estamos aqui, sentadas no "sofá", assistindo à tv, enquanto o quarto elemento faz uso de seu espaço para uma relida em sua matéria didática. A dispensa foi abastecida, na geladeira algumas águas e refrigerantes, muito pão, queijo, presunto e mortadela. As panelas chegam na quarta-feira e, até lá, o ovo ficará dentro da geladeira. Percebi que da janela é possível apreciar uma vista sem igual, feito um nascer-da-lua :) Descobrimos que embaixo moram alguns filhos de uma tal PUC, já rolou até uma corda de uma janela pra outra!rs Funcionou como uma serenata - piada interna.
Depois de parabenizar meu amor por esse dia especial, voltei, agora pro meu quarto, a ouvir mpbfm e a continuar nessas palavras que gostariam tanto de dizer sobre seu coraçãozinho tristonho... Na verdade, a sensação é de que falta alguma coisa, por mais que tenhamos conquistado essa vitória, o sentimento, lá no fundo, é de saudade. Saudade de você.
Mas vou terminar esse diário com algo de positivo, para que a primeira noite seja de vibrações positivas! :)
"Andar com fé eu, que a fé não costuma faiá"! Em teus braços, Senhor, repouso minha vida e de minhas amigas, para que seu amor imenso nos proteja de todo mal e ilumine nossos passos, nossas escolhas e nossas decisões. Que minha Mãezinha vele por nossos corações e de nossos familiares, pois sem eles não estaríamos aqui com tanta certeza e motivação! Obrigada!
"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém!""

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Reza

Meu Deus! Mais uma exclamação nesse dia 1°, dia onde um outro mês se inicia, levando consigo uma reviravolta. Decidimos por dar um tempo, e eu admito não saber como fazer isso. Mas estava pensando com os meus botões e percebi que agora eu sinto uma força pra enfrentar minha realidade, como um prêmio a se ganhar depois de grande obstáculos! Sinto como se fosse minha maior conquista, meus olhos lacrimejam ao pensar e minha alma dá um suspiro de esperança. Meu Pai, hoje eu pedi que me levasse em seus braços, será que a mensagem chegou tão rápido assim?! Você poderia me esclarecer certas coisas, como por exemplo: eu consigo levar essa minha cruz? Vou conseguir abraçar minha mãe de novo e conversar coisas banais? Viver como uma pessoal 'normal' à minha maneira?! É tudo o que mais quero, ser livre e me prender ao amor e assim flutuar nos sonhos mais longínquos: "dos sonhos o mais utópico". "Compreender e ser compreendido, amar e ser amado" não estou pedindo nada a mais que isso. Eu preciso de Ti, preciso do Teu colo e aconchego, da Tua força e da Tua calma, paciência de Nelson. Dá-me um coração puro, que só saiba amar. Dá-me uma vida nova, pois há 3 anos em que arrasto esse peso que não é meu, Senhor. Mais do que nunca lhe clamo: vele por mim, vele por meu amor, por essa que é minha vida! Te peço, meu Pai, nesse canal sincero que ecoa em meu coração.

domingo, 31 de julho de 2011

Nostálgica vida

ual! Mais que justo registrar um sorriso nesse rosto, que por Sol se alegra e faz-se aquecido. Como pode numa mesma quadra, a cada passo, um sentimento, uma frustação, uma alegria, uma chuva, um raiar. Isso faz da vida mágica e inexplicável por palavras, é puro sentido e sentimento. A razão que nos move nem sempre anda em sintonia com o pulsar de um coração vivo. E nos encontramos sempre nessa dicotomia, e sabe o porquê? Porque somos Humanos e nos permitimos sentir e viver e amar e sofrer e sentir e ser. Hoje, nesse dia de 72 horas, pude sentir coisas que muitos não se permitem em uma vida de 72 anos. Apoximonei-me, amei intensamente, tive dúvidas, hesitei em minhas palavras, desconheci, sofri, chorei, enfraqueci, amadureci, refleti... ufa! Sinto-me viva e feliz por poder ser sensível, vovó Joana parece não ter se enganado ao dizer que tenho uma alma sensível. Amém! Que minha crença na vida possa evoluir minha alma, tornar-me humilde e generosa. "Viver e não ter vergonha de ser feliz" algo simples, não é verdade? Frase nostálgica, faz-me sentir saudade da infância, onde sabíamos ser simples como viver e ser feliz. Possa até sentir o peito aquecer por esse Sol da lembrança quando lembro-me descalça a correr pelo asfalto, cabelos feito girassol - como sempre disse minha irmã sobre meus cachos revoltosos -, joelhos ralados: brincadeira de criança! Dada hora, minha mãe retira-se de seu teto a nos chamar, pois chegou a hora da brincadeira se resguardar para o próximo dia. A vida era simples e feliz! Hoje, o teto já não me acolhe como antes, e as brincadeira? Bom, hoje tentam me privar delas. Mas resisto às suas repressões, vida adulta, faça-se chuva e lá terá um barquinho de papel feito a navegar por tempestuosos trovões do Mar Ecoo, e a batalha entre a natureza e o homem travou-se, o barco resite por terríveis ondas, até que a Natureza - Mãe do meu ar - mostra sua força e exige respeito: "- Eu sou a Natureza, não tentei me vencer, pois é de mim que tu tiras teu ar e teu alimento. Respeite-me e terás sua vida.". Mais um barquinho se foi e mais uma vez sinto aqueles Cachinhos Dourados, de meu Príncipe, balançarem, ecoando o som em meu ouvido. Ah, como é bom ser criança!
*surpiro*

visita tão distante

Novamente, num curto tempo de espera e ansiedade que tomam minha mente. Dormi por mais de uma eternidade e mesmo assim parece impregnado em mim essa causa sem razão definida. Algo incontrolável que parece mudar minha vida, mais um tijolo a ser posto, em que lugar? Do que se trata tamanha inquietude?! Senão o amor e seus imensos desertos, regados de cactos. Parece que o andar só tornou-se um labirinto. Em suas ruas transpassam carros acelerados, gritos populares e agitação, mas parece que tudo isso não faz sentido, acontecem em câmera lenta e como vultos. Seu mundo em miúdos, sua vida em três-passos, seu coração em pedaços, por quase cactos cortantes, que lhe arranham a alma. "Alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente". Estou com medo desses assombros até que se tornem visíveis à luz. Enquanto isso, são noites mal dormidas e amanheceres agoniantes. Onde encontro o link dessas turbulações? Eu te amo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

infância nos passos

Nossa! Não consigo compreender o que está acontecendo aqui, do lado de dentro dessa quarto, nessa janela distorcida. Uma imagem com chuvisco de uma tevê sem antena, sem sintonia perfeita e clara. Percebo que as coisas estão fora do lugar, um móvel onde suas gavetas não me mostram seus objetos e seus pertences pessoais jogados num canto, feito brinquedos de infância na adolescência. Fico na janela observando uma paisagem sem sentido pra mim, ruas curvas, pessoas vazias, ar de ignorância no respirar de um senhor com sua pasta, esperando o sinal se abrir e seguir com seu mundo em 4 rodas. O sol parece brilhar numa busca de mostrar pessoas reais, mas recai-se sobre o homem mentiras em suas máscaras de bom-moços. Talvez o Sol sinta-se confuso, por que tantas faces perdidas? Mas sua fé lhe mantém a aquecer meu rosto, esse queima por mostrar-se tão límpido e aberto. Mostrando-se exagerado em suas palavras sinceras e sem jeito, apontado por dizer demais e incompreendido por isso. Curte seu momento de solidão ao sair por essas ruas cheias de anonimatos, seu som ecoa por seus pensamentos acelerados e desgovernados. Mais um passo e sua mente pesa por tantos flashes, seus olhos parecem não distinguir mais o que vê a um palmo: real ou imaginário? Sua vida agora parece se perguntar se é verdadeira. Seus diálogos enriquecidos de pensamentos amadurecidos, mas suas palavras num espaço curto lhe sufocam a garganta. Por que esse Sol não ilumina essa quarto? Devo abrir o teto, numa brecha que seja, para que um único raio possa comportar seu rosto?
O que essas ruas representam? Seus passos largos caminham pra uma esquina incerta. Suas canções já não são mais ouvidas, o pulsar de seu coração agora grita e faz seu corpo vibrar. Não se sabe ainda o que se encontra por trás dessa curva, mas sua vida parece aguardar impaciente, ausente de paz.
Onde estou?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

25/abr

E o vento soou em seu rosto, num doce toque lhe chamando a ultrapassar a ar sob sua vida.
Num mundo próprio onde seu paraíso era o sereno e livre pensar.
Livre e límpido de apegos e promessas.
Seu mundo de paz.
Todo de nada e muito de pouco, sua mente branca flutuou sobre o insano, seu momento intro e sóbrio.
Único e irrelevante ao homem, solto, impuro.
Como a brisa seca do mar instigando ao mergulho, seu slogan diz: venha conhecer as profundezas livres, que encharcam seu viver do que é vivo! Compartilhe comigo o balanço da vida...!
Seja o mar que lhe agrada nas noites solitárias, seja aquele mar de gotícolas infinitas-ritmadas. Seja o paraíso que sonhas.
E vivas o vento por entre seus passos, acaso, descalço.
Provável.
Seu breve e derr(verd)adeiro insano de ser e poder